terça-feira, 20 de maio de 2008

Bom mesmo é ir à luta com determinação.



Eu no início da minha profissão

Eu preste a me aposentar

Coragem. Esta é a palavra que melhor define tudo o que enfrentei durante o meu tempo na faculdade e no trabalho. Era para mim um desafio sair de casa para trabalhar das 7:30h às 18:00hs, enfrentar trânsito, chegar na Faculdade às 18:30hs e retornar para casa às 23:00horas, morrendo de fome. Mas, eu me convencia de que apesar dos impasses e dos momentos difíceis, mais tarde eu teria a recompensa. E tive! Não sei quantas vezes pensei em desistir, quantos problemas consegui superar, quantas vezes falhei e errei na minha aprendizagem.... Quantas vezes enfrentei chuva, sol, ônibus cheio, fome, cansaço... Perdi a conta dos dias em que estudava até altas horas da noite, para fazer prova na faculdade. Parecia que morria centenas de vezes, até chegar ao objetivo final: ter meu Diploma e conseguir um emprego na minha profissão.

Sorte. Esta é a palavra que melhor define minha vida profissional. Em um mundo competitivo como o mercado de trabalho, conseguir um emprego antes mesmo de se formar, só pode ter muita sorte!!!!

Estava eu trabalhando na Livraria, quando uma colega da faculdade, Aninha, foi me visitar para dizer que no Instituto Euvaldo Lodi–IEL, havia uma vaga para estágio. Eu não me mostrei muito animada, porque só faltava 3 meses para que a gente se formasse, e na realidade não estava mais a fim de fazer estágio, uma vez que o estágio supervisionado obrigatório da faculdade eu já havia feito. Ela insistiu muito e eu resolvi ir, mais para fazer companhia a ela. Chegando lá fizemos as inscrições e um teste para a vaga do estágio que era remunerado. Uma semana depois, o IEL me telefonou dizendo que eu havia sido escolhida para a vaga. Tomei um susto! Como, e minha colega Ana? Perguntei apreensiva. –Ela não foi aprovada. Respondeu a telefonista.

Desliguei o telefone com uma dor no estomago, em vez de ficar alegre, fiquei triste. Como dar a notícia para minha colega e amiga? Depois do impacto resolvi ligar para Aninha. Meia sem jeito fui contando o ocorrido e dizendo que eu iria desistir da vaga. Para minha surpresa ela deu uma risada, e falou: -se você desistir da vaga eu nunca mais falo com você, corto nossa amizade. Você merece a vaga!

E foi assim que após 3 meses como estagiaria, fui contratada para o meu primeiro emprego na função de Supervisora Pedagógica. Empresa maravilhosa de se trabalhar. Tive a sorte de encontrar profissionais super competentes e amigas, como a Coordenadora do IEL, Inês Brito, e a minha chefe imediata, Graça Leite. Com elas adquiri muito conhecimento para a minha caminhada profissional. Permaneci por 4 anos no IEL. Saí de lá para outro emprego que me oferecia uma remuneração maior e um cargo de Coordenadora Pedagógica.

Minha vida profissional estava em ascensão! Tudo acontecia como eu havia sonhado um dia. Ingressei, como Coordenadora Pedagógica, no Centro de Capacitação e Aperfeiçoamento Profissional - CECAP, Órgão ligado a Fundação Brasileira de Educação – FUBRAE, Unidade de Ensino Fundamental para Jovens e Adultos, com matriz em Niterói/RJ. Nesta função trabalhei incansavelmente, tive oportunidade de viajar para várias cidades do interior da Bahia e estados do Brasil e conviver com um universo muito grande de diretores, supervisores e instrutores. Desta forma, meus conhecimentos cresciam, a cada dia. Permaneci por 3 anos neste Órgão. Saí quando o governo José Sarnei, acabou com o salário educação para empresa, verba que sustentava este Centro.

Ao sair do CECAP, soube de uma vaga na área de Recursos Humanos, na Mesbla Lojas de Departamento S/A, me candidatei e fui aprovada para a função de Analista de Recursos Humanos Sênior, ministrava treinamentos, recrutava e selecionava candidatos para preenchimento do quadro de pessoal. Passei 4 anos na Mesbla, e só sai porque a empresa teve inicio na sua crise financeira. Lamentei profundamente ter saído desta empresa, adorava trabalhar lá.

Após ter saído da Mesbla, recebi um convite do SENAC- Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, para participar de uma seleção. Chegando lá a psicóloga me ofereceu duas vagas para trabalhar, uma na Unidade Móveis e a outra na Gerencia de Relações Institucionais. Resolvi concorrer para as duas vagas, passei nas duas. Mas resolvi optar para a Gerencia de Relações Institucionais porque não havia necessidade de viajar com freqüência para o interior do Estado. Nesta Instituição permaneci até minha aposentadoria. Foram 16 anos de trabalho intenso, de projetos desenvolvidos, de participações em Feiras e principalmente de cursos de crescimento interior, atividade que a Diretora Marina Almeida investia na sensibilização, mudanças de comportamentos e motivação dos seus funcionários. A mim, estes cursos contribuíram muito para a busca do meu crescimento interior. E foi por esta razão que busquei minha aposentadoria, apesar de deixar grandes amigos e uma chefia muito dedicada e eficiente. O SENAC, foi uma empresa de grandes aprendizagens, de grandes desafios e grandes realizações. Deixei amigas sinceras que ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns não são invisíveis. Quando saí do SENAC recebi carinho, respeito e reconhecimento pela minha pequena contribuição nesses 16 anos que se passei prestando serviço na Instituição.

No dia da minha saída recebi dos colegas uma jóia de ouro cravada a palavra “Sorte” – meus colegas adivinharam que esta palavras vem sempre me acompanhando por toda minha vida, graças a um Poder Superior que guia os meus passos e me orienta qual o melhor caminho a seguir.

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