quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Atalhos Em Nossas Vidas

Espero que você, assim como eu, não esqueça dos 3 conselhos deste texto, e não esqueça também de confiar, mesmo que a vida muitas vezes já tenha lhe dado motivos para a desconfiança.

"Dois jovens recém-casados, eram muito pobres e viviam de favor num sítio no interior.
Um dia o marido fez a seguinte proposta a esposa:
"Querida, eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar um emprego, e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo eu vou ficar longe, só peço uma coisa: Que você me espere, e enquanto estiver fora, seja fiel a mim, pois eu serei fiel a você."
Assim sendo, o jovem saiu, andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua fazenda. O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito.
Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito.
O pacto foi o seguinte: Me deixe trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor me dispensa das minhas obrigações. Eu não quero receber meu salário. Peço que o senhor o coloque na poupança até o dia em que eu for embora. No dia em que eu sair o senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho.
Tudo combinado. Aquele jovem trabalhou durante 20 anos, sem férias e sem descanso.
Depois de 20 anos ele chegou para o patrão e disse:
"Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para minha casa. O patrão então lhe respondeu.
Tudo bem, afinal fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que antes, quero lhe fazer uma proposta, tudo bem?
Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora ou lhe dou 3 conselhos e não lhe dou o dinheiro. Vá para o seu quarto, pense e depois me de a resposta."
Ele pensou durante 2 dias, procurou o patrão e disse-lhe:
"Quero os três conselhos."
O patrão novamente frisou:
"Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro."
E o empregado respondeu:
"Quero os conselhos."
O patrão então lhe Falou:
1º Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida;
2º Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade para mal pode ser fatal;
3º Nunca tome decisões em momentos de ódio ou de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais.
Após dar os conselhos o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim:
"Aqui você tem três pães, dois para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com sua esposa quando chegar em sua casa."
O homem então seguiu seu caminho de volta, depois de 20 anos longe de casa e da esposa que tanto amava. Após o 1º dia de viagem encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou:
Para onde você vai?
Ele respondeu:
Vou para um lugar muito longe que fica a mais de 20 dias de caminhada pôr esta estrada.
O andarilho disse-lhe então:
Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é ‘dez’ e você chega em poucos dias.
O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do 1º conselho, então voltou e seguiu o caminho normal. Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada. Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou uma pensão a beira da estrada, onde pode hospedar-se.
Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir. De madrugada, acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se, de um salto só e dirigiu-se a porta para ir até o local do grito. Quando esta abrindo a porta lembrou-se do 2º conselho.
Voltou, deitou-se e dormiu, Ao amanhecer, após tomar o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que tinha ouvido.
O hospedeiro disse:
E você não ficou curioso? Ele disse que não.
O hospedeiro respondeu:
Você é o primeiro hospede a sair vivo daqui, pois meu filho tem crises de loucura, grita durante a noite e quando o hospede sai, mata-o e enterra-o no quintal.
O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso pôr chegar a sua casa. Depois de muitos dias e noites de caminhada.....Já no entardecer, viu entre as arvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa. Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só. Andou mais um pouco e viu que ela tinha entre os braços um homem, que a estava acariciando os cabelos. Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e matá-lo sem piedade.
Respirou fundo, apressou os passos, quando lembrou-se do 3º conselho. Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.
Ao amanhecer, já com a cabeça fria ele disse:
"Não vou matar minha esposa e nem seu amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes quero dizer a minha esposa que eu sempre fui fiel a ela."
Dirigiu-se a porta da casa e bateu. Quando a esposa abre a porta e o reconhece, se atira ao seu pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então, com lágrimas nos olhos, lhe diz:
"Eu fui fiel a você e você me traiu." Ela espantada responde:
"Como ? Eu nunca te traí, te espero durante esses 20 anos."
Ele então lhe perguntou:
"E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?" Ela lhe disse:
"Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora descobri que estava grávida. Hoje ele está com 20 anos de idade.
Então o marido entrou, conheceu, abraçou seu filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café. Sentaram-se para toma-lo e comer juntos o último pão. Após a doação de agradecimento, com lágrimas de emoção , ele parte o pão e ao abri-lo, encontra todo o seu dinheiro, o pacto pôr seus 20 anos de dedicação.
Muitas vezes achamos que o atalho "queima etapas" e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade....
Muitas vezes somos curiosos, queremos saber da coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentará....
Outras vezes agimos por impulso, na hora da raiva e fatalmente nos arrependemos depois...."

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Momento de Reflexão e Interiorização


Após um ano sem escrever no meu Blog, hoje, resolvi falar um pouco sobre “meu momento atual”, como me sinto e como estou me comportando diante dos últimos acontecimentos. É um momento, de paciência e de espera, coloco-me na posição de escutar, observar, pois não tenho certeza das coisas. Todos nós, em geral, tendemos a uma posição de “certeza absoluta” das coisas, como se a verdade fosse sempre nossa. Portanto, este é um momento em que finalmente permito um esvaziamento do meu ponto de vista mais arraigados. Isso é libertador, pois assim posso admirar a verdade que surge do outro, não necessariamente para torná-la maior do que minha própria verdade, mas para que eu possa ver o outro como uma pessoa e não como uma extensão dos meus desejos e vontades. Este momento para mim é de cautela, paciência e, sobretudo, de muita escuta e contemplação. É meu momento de reflexão, momento de voltar para dentro de mim, e verificar o que eu realmente estou sentindo. Envolve mais um mergulho de alma, propício à análise, à investigação dos fatos que vêem acontecendo, à leitura de bons livros e estudos sobre minha profissão, ou seja, este meu momento envolve considerar as verdades, pensamentos, vivência e reflexões do outro. Por isso mesmo, este meu momento demanda muita paciência e cautela, envolve escutar e observar o outro, porque gostar de alguém exige admirar a totalidade do outro. Muita gente ama, mas sequer presta atenção em quem está amando. Quero, portanto, aproveitar este momento de contemplação de uma nova realidade que está surgindo na minha vida.