sábado, 17 de maio de 2008

A amizade é um investimento sábio

Falando ainda da minha juventude, recordo das inúmeras amigas que deixei em Belo Horizonte.

Me lembro que na casa da Rua Ibiá, no bairro Santo André, fizemos amizades maravilhosas que aos poucos foram se transformando em uma verdadeira família, como a Gilka, Eliana e Beth.

Lembro que quando a Vera ficou noiva, fizemos uma festa surpresa de chá de cozinha para ela. Preparamos tudo com muito carinho e escondido dela. Cada uma de nós se caracterizou de um personagem famoso que iria prestigiar o chá: eu de Charles Chaplin, Raquel de miss Brasil (da época), Socorro de Aristóteles Onasis, Rosa de Jaqueline Onasis, e tantos outros personagens que já não me lembro mais dos nomes. No dia do chá, como era surpresa para a noiva, nós nos trancamos na casa da Gilka esperando a noiva, mas para nossa surpresa quem fez a surpresa foi a noiva, que veio caracterizada de noiva ao lado do seu cunhado que fazia o papel do noivo. Nesta hora, ninguém se conteve de tanto rir, dávamos gargalhadas... A Vera (noiva), falava e se divertia com os trejeitos de uma noiva caipira. Esta festa ficou em nossa mente, e até hoje relembramos com saudades daquele dia.
Tudo era motivo de brincadeira e divertimento, no São João brincávamos na rua pulando fogueira e no Carnaval, dançávamos na Paróquia do bairro Carlos Prates, festa que o padre dessa paróquia fazia para os jovens da comunidade. Também tinha a Magda, nossa vizinha próxima, que fazíamos as “horas dançantes” na casa dela, e dançávamos ao som de Roberto Carlos, sob o olhar de sua mãe. No entanto, o que mais nos marcou foi o carinho e a solidariedade que essas amigas do coração demonstraram quando minha mãe faleceu. Todas ficaram ao nosso lado. A Vera e seu noivo (na época) Moacir, que era médico, foram de total abnegação com todas nós. Moacir assinou o atestado de óbito, pois, minha mãe faleceu de enfarto no trajeto de casa para o hospital e precisava de um médico que lhe atestasse a causa da morte. Todos os dias, Vera, Eliana, Beth, Gilka, Magda e tantos outros, passavam por nossa casa, para nos consolar e nos dar apoio. A elas, o nosso muito obrigado e nossa eterna gratidão.

Na Rua Turfa, no bairro do Prado, onde eu morava com minha tia Rosália, passei bons tempos. Meu primo Rama, gostava muito de festas e eu aproveitava para ir aos bailes com ele. Minha tia, sempre me chamava para ir com ela fazer compras nas lojas chics de Belo Horizonte, ela era muito elegante. Também, fazíamos parte da Juventude Espírita no Centro Célia Xavier. Lá conhecemos jovens maravilhosos, como o Zé Roberto, Odilon, Aroldo, a Lindamir e outros. Fazíamos a Campanha do Quilo, onde íamos de porta em porta, pedir alimentos para os pobres, era muito divertido e gratificante.

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