terça-feira, 22 de abril de 2008

Chegando em BH



Museu de Arte da Pampulha
Vista panorâmica de BH


Aos 11 anos de idade, meus pais se mudaram para Belo Horizonte, e nossa vida mudou. A minha infância e adolescência foram e são inesquecíveis.
Papai e mamãe demonstraram claramente sua afeição a nós, seus setes filhos. Eles nos ensinaram a nunca ter medo de falar sobre o amor, nunca ir dormir zangados com alguém, sempre ficar em paz com nossos corações antes de fechar os olhos à noite, e nunca ter vergonha de dizer: “Sinto muito, eu estava errada”.
Meu pai era músico, quando jovem tinha uma orquestra, e seu instrumento musical preferido era o saxofone. No entanto, os filhos foram nascendo e com eles a necessidade de procurar um emprego com renda mais estável, pois, naquela época viver de música não conseguiria dar uma boa educação para seus filhos. Sendo assim, teve que abandonar seu melhor sonho, para ser funcionário público federal do IBGE.
Durante toda minha infância passei horas maravilhosas ouvindo meu pai tocando saxofone, nas suas horas de folga do trabalho.
Minha mãe, foi meu anjo da guarda até meus 22 anos, quando ela partiu para um mundo melhor. Lembro dela brincando com a gente de boneca ou dizendo que nós éramos seu tesouro. Sempre de bom humor, sabia fazer comida caseira como ninguém e costurava roupas com perfeição. A vizinhança lhe adorava e ela sempre as recebia com gentileza. Mas, apesar de toda sua alegria, ela sofria de uma doença crônica, a asma. Nas noites frias de Belo Horizonte, ela sofria mais. Lembro-me das noites em que eu ficava ao seu lado preparando chá, quando as crises de asma lhe tirava o sono. Doía-me o coração ao vê-la procurando ar e não encontrava, tinha que cheirar uma “bombinha” (remédio) para a crise passar, e foi em uma destas crises que seu coração não resistiu e ela teve um enfarte fulminante, nos deixando aos 56 anos de idade.



Oh, Minas Gerais! Quem te conhece não esquece jamais...

Itabira/Minas Gerais - minha infância

Mudamos para o estado de Minas Gerais. Como meu pai era funcionário público federal, podia ser transferido para onde o governo lhe oferecesse. Seguimos para Itabira, interior de Minas Gerais. Em Itabira eu passei parte da minha infância estudando, correndo atrás de borboletas e subindo em árvores, nas horas vagas. Adorava ouvir as histórias que minha mãe contava, junto ao fogão de lenha, e também as que minha irmã mais velha Socorro, contava para mim e minhas irmãs mais novas.

Foi um dos melhores tempo da minha infância. Terra da fartura do leite de gado, tirado na hora para beber. Todos os dias no café da manhã, tomávamos qualhada feita por minha mãe. Uma delícia!!!!!
Berço do poeta Carlos Drummond de Andrade e da Companhia de Mineração Vale do Rio Doce. Itabira é uma cidade com economia dinâmica e possui a maior mina de minério de ferro do mundo a céu aberto, com reservas que garantem, por pelo menos mais 75 anos, a extração no ritmo atual de 42 milhões de toneladas/ano.
Ao caminhar pelas ruas, se respira poesia nas inúmeras homenagens a Drummond, que nasceu e viveu sua infância na cidade. A cidade possui uma rica produção artística e cultural e vários espaços como o Centro Cultural, o Museu de Itabira, o Centro de Artesanato, a Casa do Brás, a tricentenária Igreja do Rosário dos Pretos e o Museu de Peças Sacras.


Quando eu estou aqui, eu vivo esse momento lindo...



Eu aos 3 anos de idade

Nasci no dia 14 de agosto, sob o signo de Leão, em uma cidade chamada Vargem Grande, no Maranhão. Não tenho muitas recordações desta cidade, porque sai muito pequena e nunca mais voltei lá. Fica a mais de 170 quilômetros de São Luís, capital do Maranhão. O município de Vargem Grande possui área de 2.114Km² e população de 43.228 mil habitantes.
A economia é fundada basicamente na agropecuária e os produtos de destaque são arroz, feijão, milho, mandioca, e o rebanho mais importante é o bovino. A extração da amêndoa do babaçu também é uma importante fonte de renda para parte da população.
Quanto aos atrativos o município tem pra todo gosto: história, cultura e natureza. Mas, São Raimundo é sem dúvida o grande atrativo da cidade. No mês de janeiro o santo festejado é São Sebastião – que dá nome à Igreja matriz, mas é só até aí, porque depois disto, o restante é só de São Raimundo. Chega agosto e a cidade “pega fogo”, é visitante de todos os lugares, inclusive do exterior. O dia 22 de agosto é uma celebração só, a romaria até o povoado Paulica já faz parte da tradição da cidade e a BR-222, que dá acesso à cidade, fica interditada pela Polícia Rodoviária Federal enquanto a “imagem do santo” não chega ao seu destino.
Vargem Grande é a terra de pessoas importantes e conhecidas no Maranhão e no Brasil – como Raimundo Nina Rodrigues, que era o criador da Antropologia Criminal Brasileiro e patrono da Academia Maranhense de Letras;



Raimundo Climático Barroso (meu pai), foi prefeito de Vargem Grande, em 1955. Músico, poeta, recebeu 8 medalhas de Menção Honrosa/DF, fez parte do Clube Literário de Brasília e tornou-se imortal da Academia Brasileira de Estudos Literários –DF e da Academia Irajaense de Letras -RJ


















domingo, 20 de abril de 2008

Ai se eu tivesse asas como um juriti....saia voando....

Estava precisando fazer uma faxina dentro de mim... então, sentei no chão, para fazer minhas escolhas. Fui jogando no papel lembranças da minha infância, juventude, família, paixões, lembranças de um dia triste, mas, muitas lembranças belas da minha vida...

Para isto, precisei ir naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante, e selecionei algumas fotos... Recolhi com carinho tudo que eu desejava colocar no meu Blog, deixei bem à mostra, para não perder de vista.

Como foi bom relembrar tudo aquilo!!!!

E principalmente minha capacidade de AMAR e de RECOMEÇAR!